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A distonia é um distúrbio neurológico que causa contrações musculares involuntárias, resultando em movimentos repetitivos ou posturas anormais. Essas condições podem levar a dor significativa, incapacidade funcional e, consequentemente, uma redução na qualidade de vida do paciente. Embora existam tratamentos convencionais, como injeções de toxina botulínica (BoNT), medicamentos orais e estimulação cerebral profunda, muitos indivíduos com distonia continuam a enfrentar sintomas persistentes.

Diante desse cenário, a neuroreabilitação surge como uma abordagem promissora no tratamento complementar da distonia. Estudos recentes têm demonstrado que terapias de reabilitação, especialmente quando combinadas com a toxina botulínica, podem trazer benefícios significativos para pacientes com distonia cervical (CD) e distonia tarefa-específica (DTE). Na distonia cervical, a fisioterapia se mostra eficaz ao reduzir a hiperatividade dos músculos afetados do pescoço, utilizando técnicas como alongamento, massagem e biofeedback. Paralelamente, o fortalecimento dos músculos opostos contribui para melhorar a postura, aliviar a dor e aumentar a amplitude de movimento.

Já no tratamento da distonia tarefa-específica, diversas pesquisas têm utilizado a imobilização de partes do corpo não afetadas, visando o reajuste sensório-motor e o recondicionamento adaptativo das áreas comprometidas. Estratégias baseadas na neuroplasticidade, como o treinamento motor e sensório-motor, também se mostram promissoras. O uso de kinesiotaping, estimulação vibrotátil, TENS e órteses pode auxiliar na modificação dos padrões de movimento, enquanto o biofeedback reforça e sustenta as melhorias no controle motor. Além disso, para a distonia funcional, uma abordagem multimodal que combina fisioterapia com terapia cognitivo-comportamental ou estratégias mente-corpo pode ser benéfica, focando no redirecionamento da atenção para longe dos movimentos anormais e na restauração da confiança nos movimentos normais.

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