Autismo e Poluição: Estudo Explora Impacto de Partículas no Desenvolvimento
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um conjunto de condições neurológicas que afetam a comunicação e o comportamento social. A ciência tem demonstrado que o TEA pode ter causas multifatoriais, envolvendo tanto a genética quanto fatores ambientais. Um desses fatores ambientais sob investigação é a poluição do ar, mais especificamente, as partículas em suspensão (PM).
Um estudo recente utilizou o modelo de peixe-zebra para investigar como a exposição a partículas de poluição pode influenciar o desenvolvimento de comportamentos associados ao TEA. Os peixes-zebra foram expostos a partículas padrão de referência e a melatonina, um suplemento comum, desde as primeiras horas após a fertilização. Os pesquisadores então observaram e quantificaram seus comportamentos durante um período de 13 dias, comparando-os com um grupo controle exposto ao ácido valproico (VPA), conhecido por induzir comportamentos semelhantes ao autismo.
Os resultados mostraram que a exposição às partículas de poluição, por si só, não resultou em comportamentos significativamente semelhantes aos observados no grupo exposto ao VPA. Além disso, a suplementação com melatonina não atenuou os efeitos comportamentais da exposição às partículas ou ao VPA. Esses achados levantam novas questões sobre como a exposição a partículas pode se manifestar no contexto do TEA e contribuem para o crescente corpo de conhecimento sobre as interações entre doenças e o ambiente. A pesquisa destaca a complexidade da relação entre a poluição do ar e o desenvolvimento neurológico, reforçando a necessidade de mais estudos para compreender completamente esses mecanismos.
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