Telemedicina e Lesão Medular: Um Novo Horizonte em Países de Média e Baixa Renda Durante a COVID-19
A pandemia da COVID-19 impôs desafios sem precedentes aos sistemas de saúde em todo o mundo, especialmente em países de baixa e média renda (LMICs), dificultando o atendimento regular a pessoas com lesão da medula espinhal (LME). Em resposta a essa crise, profissionais de saúde nesses países buscaram soluções inovadoras, como a telemedicina e a telereabilitação, para garantir a continuidade do cuidado.
Um estudo recente explorou as perspectivas de profissionais de saúde de Bangladesh, Índia, Nepal, Paquistão e África do Sul sobre o uso da telemedicina no cuidado de pessoas com LME durante a pandemia. A pesquisa revelou que essas tecnologias foram utilizadas para diversos fins, incluindo acompanhamento de pacientes, terapia ocupacional, fisioterapia, cuidados de enfermagem e outros serviços de reabilitação, como adaptações domiciliares, aconselhamento entre pares e yoga. Ferramentas comuns como WhatsApp, Facebook Messenger, Skype e Zoom foram amplamente adotadas para facilitar a comunicação e o atendimento remoto.
Apesar dos benefícios evidentes, a implementação da telemedicina enfrentou barreiras significativas, como a má conectividade com a internet, a falta de avaliações e protocolos padronizados, questões de reembolso e preocupações legais e de privacidade. Superar esses obstáculos é fundamental para integrar a telemedicina como um modelo viável e de longo prazo para o cuidado de pessoas com LME, especialmente em situações de crise. Para isso, é essencial desenvolver políticas de apoio, melhorar a infraestrutura, fornecer treinamento profissional e estabelecer medidas e diretrizes de avaliação padronizadas. A telemedicina se mostrou uma ferramenta valiosa para manter a continuidade do cuidado em tempos desafiadores, e seu potencial para o futuro é promissor, desde que as barreiras existentes sejam devidamente abordadas.
Origem: Link