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O desenvolvimento infantil é marcado por uma série de marcos importantes, e a habilidade de alcançar e agarrar objetos é um dos mais cruciais. Essa capacidade complexa envolve a coordenação de diversos movimentos, desde o transporte do braço até o movimento preciso das mãos para abrir e fechar. A visão desempenha um papel fundamental nesse processo, guiando e refinando essas ações ao longo do tempo. Mas o que acontece quando a visão é comprometida desde o nascimento?

Um estudo recente investigou o impacto da deficiência visual congênita no desenvolvimento da habilidade de alcançar e agarrar em bebês e crianças. Os pesquisadores compararam o desempenho de crianças com visão normal com o de crianças com deficiência visual, analisando parâmetros temporais (tempo de movimento e de coleta) e motores (uso de uma ou ambas as mãos e preferência manual). A tarefa consistia em alcançar e pegar esferas pretas de diferentes tamanhos, posicionadas em diferentes locais em uma mesa, sob condições de iluminação controlada.

Os resultados revelaram diferenças significativas entre os grupos. As crianças com deficiência visual levaram mais tempo para pegar as esferas em comparação com seus pares com visão normal. Além disso, mostraram menor frequência de cruzamento da linha média do corpo com uma única mão ao alcançar objetos laterais, embora essa frequência tenha aumentado com a idade, especialmente ao usar ambas as mãos. Curiosamente, as crianças com deficiência visual não demonstraram preferência manual, ao contrário das crianças com visão normal, que geralmente preferem a mão direita para cruzar a linha média do corpo. Esses achados destacam a importância da experiência visual nos primeiros anos de vida para o desenvolvimento de movimentos direcionados a um objetivo e reforçam a necessidade de intervenções de reabilitação precoce baseadas em evidências para crianças com deficiência visual.

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