Autismo e a Compreensão Social: Um Olhar sobre a Teoria da Mente e a Empatia
Indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam desafios na inferência social, uma habilidade crucial para a interação humana. Uma pesquisa recente investigou como o cérebro de adultos autistas processa informações sociais, especificamente no que se refere à Teoria da Mente (ToM) e à empatia, comparando-os com indivíduos neurotípicos.
O estudo utilizou ressonância magnética funcional (fMRI) para analisar a atividade cerebral de 107 adultos enquanto assistiam a um curta-metragem animado. O filme foi projetado para evocar tanto o raciocínio sobre os estados mentais dos personagens (ToM) quanto as respostas empáticas às suas sensações físicas. Os pesquisadores examinaram a especialização funcional das redes cerebrais envolvidas nessas duas áreas, procurando por diferenças na conectividade e na resposta entre os grupos autista e neurotípico.
Os resultados indicaram que, embora a especialização funcional das redes ToM e de dor estivesse geralmente preservada em ambos os grupos, o grupo autista demonstrou respostas diferentes na rede ToM e menor semelhança com a resposta típica média para ambas as redes. Além disso, as respostas da rede foram mais heterogêneas e idiossincráticas no grupo autista. Essas descobertas sugerem que pode haver diferenças na forma como o cérebro de indivíduos autistas processa informações relacionadas à Teoria da Mente e à empatia, o que pode contribuir para os desafios sociais frequentemente observados no TEA. A pesquisa destaca a importância de investigar a fundo essas diferenças para desenvolver intervenções mais eficazes no futuro.
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