Dieta Materna e o Risco de Transtorno do Espectro Autista: Uma Conexão Intestinal
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que se manifesta na primeira infância. Embora suas causas exatas permaneçam um mistério, pesquisas recentes apontam para o papel crucial das bactérias intestinais na saúde geral e no desenvolvimento neurológico. Estudos investigam como a dieta da mãe durante a gravidez e amamentação pode influenciar a microbiota intestinal do bebê, impactando potencialmente o risco de TEA.
Desordens alimentares maternas, como dietas ricas em açúcar, sal, gordura ou consumo excessivo de álcool, podem perturbar o equilíbrio das bactérias intestinais da mãe. Essa alteração pode ser transmitida ao feto através da placenta e, posteriormente, ao recém-nascido através do leite materno. Essa disfunção no microbioma pode afetar o eixo intestino-cérebro, um sistema de comunicação bidirecional entre o trato gastrointestinal e o cérebro, que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento neurológico. A inflamação, a produção de neurotransmissores e o metabolismo podem ser afetados por essa alteração, aumentando o risco de TEA na prole.
Uma dieta materna inadequada, incluindo deficiência de fibras e consumo de alimentos ultraprocessados, também pode contribuir para o desequilíbrio da microbiota intestinal. Estratégias potenciais para prevenir o TEA incluem a otimização da dieta materna durante a gravidez e a amamentação, com foco em alimentos ricos em fibras, baixo teor de açúcar e gordura saturada, e evitando o consumo de álcool e alimentos ultraprocessados. Promover uma microbiota intestinal saudável na mãe pode ser uma abordagem promissora para reduzir o risco de TEA em seus filhos, impactando positivamente o desenvolvimento neurológico do bebê e a saúde a longo prazo.
Origem: Link