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Uma nova plataforma tecnológica, chamada GraMOS (Graphene-Mediated Optical Stimulation), promete revolucionar a forma como entendemos e tratamos doenças cerebrais. Essa abordagem inovadora utiliza o grafeno, um material com propriedades optoeletrônicas singulares, para modular a atividade neuronal sem a necessidade de alterações genéticas ou estruturais nas células cerebrais. A capacidade de controlar a atividade neuronal com precisão temporal e espacial abre portas para novas terapias e modelos de estudo.

A GraMOS utiliza a capacidade do grafeno de converter luz em eletricidade de forma eficiente. Ao direcionar feixes de luz para o grafeno, a plataforma consegue estimular neurônios, influenciando seu comportamento e função. Estudos longitudinais com a GraMOS mostraram que a estimulação óptica repetida promove o amadurecimento de neurônios derivados de células-tronco pluripotentes induzidas (hiPSC) e organoides cerebrais. Esses resultados indicam o potencial da plataforma para a medicina regenerativa e estudos do neurodesenvolvimento, oferecendo novas perspectivas para o tratamento de lesões cerebrais e distúrbios do desenvolvimento neurológico.

Além disso, a GraMOS tem se mostrado promissora no estudo de modelos de doenças. Ao aplicar a plataforma em modelos de células-tronco de Alzheimer, pesquisadores conseguiram identificar alterações na atividade neuronal associadas à doença. Essa capacidade de modular a atividade neuronal de forma não invasiva e sem alterar a estrutura genética das células pode levar a uma melhor compreensão das causas e mecanismos de diversas doenças neurológicas. A tecnologia também abriu caminho para aplicações em neuroengenharia, com demonstrações de controle de movimentos robóticos através de sinais cerebrais gerados pela GraMOS em organoides cerebrais. Em suma, a GraMOS representa um avanço significativo na neuromodulação, abrindo novas perspectivas para o tratamento de doenças, o estudo do desenvolvimento cerebral e a criação de sistemas biohíbridos inovadores.

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