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Nos últimos anos, tem crescido o interesse em compreender como as infecções perinatais podem afetar o desenvolvimento neurológico infantil. Estudos recentes têm se concentrado em infecções como o citomegalovírus congênito, o vírus Zika, a Chikungunya e o coronavírus 2 da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2), buscando identificar seus impactos no desenvolvimento.

Crianças com infecção congênita por citomegalovírus, especialmente aquelas que apresentam sintomas, correm um alto risco de atrasos no desenvolvimento. Além disso, pesquisas apontam para um risco aumentado de transtorno do espectro autista nesses indivíduos. A exposição pré-natal ao SARS-CoV-2 também pode ser um fator de risco para atraso no desenvolvimento, o que reforça a necessidade de um acompanhamento mais atento do neurodesenvolvimento de crianças expostas durante a gestação. No caso do Zika vírus congênito e seus defeitos de nascimento associados, as crianças enfrentam um risco elevado de sequelas no neurodesenvolvimento e mortalidade precoce. Mesmo crianças expostas ao vírus Zika no útero, mas sem microcefalia, podem apresentar dificuldades cognitivas na idade escolar.

Em suma, a exposição a infecções congênitas e perinatais aumenta consideravelmente o risco de comprometimento do neurodesenvolvimento infantil. Portanto, é crucial que todas as crianças com histórico de infecções perinatais recebam um acompanhamento neurológico detalhado e contínuo durante a infância, permitindo a detecção precoce de quaisquer problemas e a implementação de intervenções adequadas para promover o desenvolvimento saudável.

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