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Indivíduos com autismo frequentemente apresentam desafios motores significativos que impactam suas atividades diárias. Uma revisão recente da literatura científica focou nas habilidades motoras dos membros superiores em pessoas com autismo, área que, apesar de sua importância, recebeu menos atenção em pesquisas anteriores. O objetivo foi identificar e avaliar estudos que quantificassem diferenças nas habilidades dos membros superiores, cruciais para tarefas cotidianas como alcançar, agarrar e escrever.

A metodologia da revisão envolveu uma busca abrangente em bases de dados como PubMed, Scopus e PsycInfo, procurando por artigos que investigassem o desempenho motor dos membros superiores em indivíduos com autismo. Foram analisados artigos que apresentavam dados primários coletados de participantes com autismo, publicados até julho de 2024. Após uma triagem rigorosa de mais de mil artigos, 43 estudos foram selecionados para análise detalhada. Esses estudos abordavam movimentos funcionais dos membros superiores, como apontar, alcançar para pegar objetos e a escrita manual.

Os resultados da revisão indicaram que pessoas com autismo exibem movimentos mais lentos e variáveis em comparação com seus pares não autistas. Essa diferença sugere que as dificuldades podem estar relacionadas ao planejamento motor e a um monitoramento mais intenso da execução dos movimentos. Os autores da revisão destacam que a diversidade racial, étnica, de idade e de gênero dos dados disponíveis é limitada, e que há variabilidade nos métodos de avaliação utilizados. No entanto, o conjunto de evidências sugere que existem diferenças significativas nos movimentos dos membros superiores entre indivíduos autistas e não autistas. Essas diferenças podem afetar a capacidade de realizar tarefas diárias, impactando a qualidade de vida e a independência dessas pessoas. Compreender esses aspectos é fundamental para o desenvolvimento de intervenções eficazes que visem melhorar as habilidades motoras e promover maior autonomia.

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