Dor Musculoesquelética em Atletas de Basquete em Cadeira de Rodas: Um Guia Médico
O basquete em cadeira de rodas (BCR) transcendeu seu status inicial como atividade recreativa, estabelecendo-se como um esporte de reconhecimento internacional. Sua prática contribui significativamente para o bem-estar psicofísico de atletas com deficiência. No entanto, o acompanhamento médico de jogadores profissionais de BCR, particularmente no que concerne à dor musculoesquelética (DME), apresenta desafios singulares. A literatura científica disponível sobre o tema ainda se mostra fragmentada, motivando a necessidade de uma análise aprofundada.
Uma revisão abrangente de estudos nas bases de dados PubMed, Cochrane e Embase revelou informações valiosas sobre o tratamento da DME em atletas de BCR. Jogadores frequentemente sofrem lesões musculoesqueléticas devido a movimentos repetitivos e ações específicas do jogo. O tratamento dessas lesões exige uma abordagem multidisciplinar que equilibre alívio da dor, prevenção de recorrências e adesão às normas antidoping.
O uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) é comum no tratamento da DME, mas a adesão às regulamentações da Agência Mundial Antidoping (WADA) é crucial. Estratégias preventivas, como reabilitação personalizada e fortalecimento muscular, são essenciais. O uso de suplementos dietéticos, embora popular para melhorar a recuperação e o desempenho, acarreta riscos, especialmente a contaminação com substâncias proibidas. Portanto, a equipe médica deve ter cautela ao recomendar suplementos. A gestão da DME em jogadores de BCR exige equilibrar o tratamento eficaz com o cumprimento das regras antidoping, limitando o uso de medicamentos tradicionais sempre que possível e aprimorando a aplicação clínica de tratamentos não farmacológicos, como abordagens de medicina física e reabilitação.
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