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A busca por entender as causas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é constante, e muitos fatores são investigados como possíveis influenciadores. Uma área de interesse tem sido a relação entre eventos adversos durante o trabalho de parto e o desenvolvimento de autismo na infância. Um estudo recente se dedicou a investigar essa possível ligação, buscando esclarecer se complicações no parto podem aumentar o risco de TEA.

O estudo, publicado no European Journal of Obstetrics, Gynecology, and Reproductive Biology, analisou dados de mais de 165 mil nascimentos em um hospital terciário. Os pesquisadores compararam a incidência de TEA em crianças que haviam experimentado eventos adversos no parto, como baixo índice de Apgar (inferior a 7 no quinto minuto), pH do sangue do cordão umbilical abaixo de 7.0 e frequência cardíaca fetal não tranquilizadora que exigiu intervenção médica, com a incidência em crianças que não passaram por essas complicações. Os resultados mostraram que, embora os eventos adversos no parto possam gerar preocupações em relação à saúde imediata do recém-nascido, eles não parecem estar associados a um risco maior de TEA no futuro.

A pesquisa utilizou modelos estatísticos avançados para controlar fatores que poderiam influenciar os resultados, como etnia, idade gestacional, idade materna, tipo de parto (cesárea) e sexo do bebê. Mesmo após considerar esses fatores, não foi encontrada uma associação significativa entre os eventos adversos no parto e o diagnóstico de TEA. Esses achados são importantes porque tranquilizam pais e profissionais de saúde, indicando que, apesar das dificuldades que possam surgir durante o trabalho de parto, o risco de autismo na criança não parece ser afetado. É crucial, no entanto, continuar investigando outros fatores que possam contribuir para o desenvolvimento do TEA, a fim de melhorar a prevenção e o tratamento do transtorno.

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