Saúde Desvendada

A epicondilite lateral crônica, uma condição degenerativa que afeta de 1% a 3% dos adultos anualmente, tem motivado a busca por tratamentos regenerativos eficazes. Um estudo recente investigou a eficácia de diferentes abordagens terapêuticas, comparando plasma rico em plaquetas (PRP), proloterapia, terapia por ondas de choque extracorpóreas (ESWT) e fisioterapia no alívio da dor e melhora da função em pacientes com essa condição.

O estudo, um ensaio clínico randomizado e controlado com acompanhamento de dois anos, envolveu 231 pacientes com dor crônica no cotovelo lateral. Os participantes foram divididos em quatro grupos de tratamento: fisioterapia, ESWT, proloterapia e PRP. Os resultados revelaram que o PRP e a proloterapia proporcionaram resultados clínicos e funcionais superiores em comparação com a ESWT e a fisioterapia. Especificamente, o PRP reduziu significativamente a pontuação DASH (Disabilities of the Arm, Shoulder and Hand) em 31,18 pontos em comparação com a fisioterapia (18,70 pontos) e a ESWT (17,62 pontos). A proloterapia também mostrou uma melhora maior do que a fisioterapia em 18 meses. Além disso, o PRP resultou na maior pontuação de Satisfação Subjetiva (SSS), superando a fisioterapia e a ESWT. A proloterapia também obteve uma SSS mais alta em comparação com esses dois tratamentos.

Embora todos os grupos tenham demonstrado reduções na pontuação DASH que excederam a diferença clinicamente importante mínima de 10 pontos, indicando uma melhora clinicamente significativa, os tratamentos com PRP e proloterapia se destacaram. Esses achados sugerem que o PRP e a proloterapia podem ser opções não cirúrgicas eficazes para casos de epicondilite lateral crônica de longa duração, oferecendo alívio da dor e melhora da função em comparação com abordagens mais conservadoras como fisioterapia e terapia por ondas de choque. É importante ressaltar que cada caso é único e a escolha do tratamento deve ser individualizada, levando em consideração as características e necessidades de cada paciente. A consulta com um profissional de saúde qualificado é fundamental para determinar a melhor abordagem terapêutica.

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