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Pesquisas recentes têm demonstrado o papel crucial da Reelina, uma glicoproteína, no desenvolvimento neural, plasticidade sináptica e neuroinflamação. Particularmente, ela se destaca em desordens neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, como a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) e a Doença de Alzheimer (DA). A Reelina atua na modulação da função sináptica e na manutenção da homeostase em órgãos e tecidos neuronais, incluindo o cérebro e a retina.

Em doenças neurológicas, a expressão da Reelina se mostra desregulada, compartilhando vias comuns relacionadas à inflamação neurogênica crônica e/ou à desregulação da matriz extracelular, onde a Reelina desempenha papéis importantes. A relação entre DMRI e DA tem ganhado atenção crescente, uma vez que compartilham fatores de risco como envelhecimento, predisposição genética/epigenética, tabagismo e má nutrição, além de lesões histopatológicas. Isso sugere uma interconexão fisiopatológica entre as duas doenças, especialmente no que tange à neuroinflamação, estresse oxidativo e complicações vasculares.

Fora do sistema nervoso, a Reelina é amplamente produzida no epitélio gastrointestinal, em estreita associação com regiões inervadas. A expressão de receptores de Reelina no intestino sugere aspectos relevantes na conexão intestino-cérebro-olhos, já que a desregulação da microbiota intestinal tem sido frequentemente observada em distúrbios neurodegenerativos e comportamentais, como DA, autismo e ansiedade/depressão. Essa ligação provavelmente ocorre através de mediadores inflamatórios e neurogênicos, incluindo a própria Reelina. A compreensão do papel da Reelina pode abrir novas portas para o desenvolvimento de terapias inovadoras focadas na modulação do eixo intestino-cérebro-olhos, visando combater doenças neurodegenerativas.

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