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A esquizofrenia é um transtorno neuropsiquiátrico complexo, caracterizado por uma variedade de sintomas e resultados clínicos desafiadores. Pesquisas recentes têm se concentrado em entender as profundas alterações na conectividade neural e na dinâmica oscilatória do cérebro associadas a essa condição. Um estudo publicado no International Journal of Molecular Sciences investigou a relação entre as alterações genômicas e proteômicas e as oscilações neurais anormais observadas em pacientes com esquizofrenia.

O estudo revisou evidências que ligam modificações genéticas e proteicas com padrões de atividade cerebral atípicos, analisando dados obtidos por eletroencefalograma (EEG) humano. Os genes envolvidos parecem desempenhar um papel crucial na modulação da transmissão sináptica, na função sináptica, na excitabilidade dos interneurônios e no equilíbrio entre excitação e inibição. Essas alterações afetam diretamente a geração e a sincronização das oscilações neurais em frequências específicas, como a banda de frequência gama, que são essenciais para diversos processos cognitivos, emocionais e perceptuais em seres humanos.

A pesquisa destaca como influências poligênicas e interações entre circuitos genéticos podem estar na base das anormalidades nas oscilações neurais e na conectividade cerebral observadas na fisiopatologia da esquizofrenia. Compreender esses mecanismos abre caminho para futuras investigações sobre as interações entre genes e função neural, além de possibilitar o desenvolvimento de intervenções terapêuticas mais eficazes, direcionadas à disfunção da rede neural em pacientes com esquizofrenia. É importante notar que muitos dos genes que afetam as oscilações neurais na esquizofrenia também estão relacionados a outros distúrbios neurológicos, como autismo e epilepsia, levantando questões sobre por que a mesma anomalia genética pode se manifestar de maneiras diferentes em indivíduos distintos.

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