Nutrição e Neurodivergência: Uma Análise Detalhada do Impacto na Saúde Cerebral
A relação entre nutrição e condições neurodivergentes, como o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), tem despertado crescente interesse tanto no público quanto na comunidade científica. Um estudo recente investigou os níveis de vitaminas, minerais e ácidos graxos ômega-3 em indivíduos com TDAH e outras condições neurológicas, buscando compreender melhor o papel da nutrição na saúde cerebral.
A pesquisa, conduzida no Reino Unido, envolveu crianças e adultos diagnosticados com TDAH, autismo, dislexia e outras condições neurodivergentes. Os participantes foram submetidos a exames de sangue para avaliar seus níveis de vitaminas, minerais, ácidos graxos ômega-3, além de testes para identificar alergias e intolerâncias alimentares. Os resultados foram então correlacionados com a gravidade dos sintomas de TDAH, avaliada por meio de escalas psicológicas.
Os resultados revelaram deficiências significativas de nutrientes essenciais para a função neurotransmissora, como ácidos graxos ômega-3, zinco, vitaminas do complexo B e vitamina D, tanto em crianças quanto em adultos. Observou-se também uma associação entre os níveis de magnésio e a gravidade dos sintomas de TDAH em crianças, sugerindo que níveis mais baixos de magnésio podem estar relacionados a sintomas mais intensos. Adicionalmente, uma alta porcentagem dos participantes apresentou intolerância à proteína do leite de vaca (caseína) e ao glúten. Esses achados preliminares apontam para a importância da nutrição no manejo do TDAH e outras condições neurodivergentes, reforçando a necessidade de investigações mais aprofundadas em grupos maiores de indivíduos.
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