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Um estudo recente investigou a ligação entre hipersensibilidade auditiva (hiperacusia) em crianças e o desenvolvimento de ansiedade na adolescência. A pesquisa, publicada no Journal of Child Psychology and Psychiatry, sugere que avaliar a hiperacusia em crianças de 11 anos pode fornecer informações valiosas sobre o risco de exacerbação e manutenção da ansiedade durante a adolescência.

O estudo acompanhou mais de 6.600 crianças e descobriu que a hiperacusia, avaliada por meio de uma simples pergunta aos 11 anos, previu significativamente a ansiedade aos 13 e 16 anos. Essa previsão permaneceu válida mesmo após considerar problemas emocionais preexistentes, traços autistas e outras características de neurodiversidade, como TDAH, dislexia e dispraxia. As análises revelaram que a hiperacusia estava mais fortemente associada a itens relacionados ao medo, preocupação e nervosismo, medidos pela escala SDQ-E.

Embora a hiperacusia tenha se mostrado um preditor de ansiedade na adolescência e, em menor grau, aos 25 anos, ela não foi associada ao transtorno de ansiedade generalizada, depressão maior ou autoagressão suicida na idade adulta. Esses achados indicam que a identificação precoce da hiperacusia pode permitir intervenções mais eficazes para mitigar o risco de ansiedade em adolescentes, especialmente aqueles que já apresentam alta ansiedade na idade pré-escolar. O estudo ressalta a importância de considerar a sensibilidade sensorial como um fator relevante na saúde mental de crianças e adolescentes.

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