Saúde Desvendada

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A febre hemorrágica Crimeia-Congo (FHCC) é uma doença viral grave, transmitida por carrapatos, que afeta principalmente áreas da África, Ásia, Oriente Médio e sudeste da Europa. Caracterizada por febre alta, dores musculares, tonturas e, em casos mais graves, hemorragias, a FHCC representa um desafio significativo para a saúde pública nessas regiões. Uma nova pesquisa investigou a possível ligação entre polimorfismos genéticos e a suscetibilidade à doença.

O estudo, publicado na Revista da Associação Médica Brasileira, analisou amostras de sangue de 60 pacientes diagnosticados com FHCC e 70 indivíduos saudáveis como grupo de controle. Os pesquisadores focaram em variações genéticas específicas no gene do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), uma proteína crucial para o crescimento e reparo dos vasos sanguíneos. A análise revelou diferenças significativas entre os grupos de pacientes e controle em relação a certos polimorfismos do gene VEGF, especificamente nas variações -460 C/T e -ID (18 bp).

Os resultados sugerem que essas variações genéticas no gene VEGF podem aumentar a suscetibilidade de um indivíduo a desenvolver a FHCC. Embora o estudo indique uma possível predisposição genética, os autores enfatizam a necessidade de pesquisas adicionais com amostras maiores para confirmar esses achados. A compreensão dos fatores genéticos que influenciam a suscetibilidade à FHCC pode levar ao desenvolvimento de estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes no futuro. Essa pesquisa representa um passo importante na busca por uma compreensão mais profunda da complexidade da FHCC e seus mecanismos de desenvolvimento.

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