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Realizar tarefas diárias exige a coordenação de diversos sistemas cognitivos, sensoriais e emocionais. A forma como esses sistemas interagem, especialmente em situações que exigem concentração e equilíbrio, é um campo de estudo fascinante. Uma pesquisa recente investigou como estímulos sonoros, como ruído ou música, podem influenciar o controle postural em adultos jovens e saudáveis.

O estudo envolveu a participação de 54 pessoas, divididas em três grupos: um grupo de controle (silêncio), um grupo exposto a ruído (conversas múltiplas) e um grupo que ouviu música (Mozart). Durante a realização do teste de Stroop, que exige controle inibitório, a velocidade de oscilação postural dos participantes foi medida em superfícies firmes e de espuma, com os olhos abertos. Os resultados mostraram que, em silêncio, a realização de uma tarefa cognitiva simultânea aumentou a oscilação postural. Curiosamente, o ruído de fundo reduziu a oscilação postural em ambas as superfícies, enquanto a música não teve um impacto significativo no desempenho cognitivo ou no equilíbrio.

Esses achados sugerem que o ruído de fundo pode ter um efeito paradoxal no controle postural, possivelmente atuando como um foco externo que ajuda a estabilizar o corpo. Em situações onde o equilíbrio é mais fácil de manter, o esforço cognitivo parece ser priorizado. A influência do ruído na interação entre cognição e movimento destaca o potencial de explorar estratégias de reabilitação vestibular, especialmente em tarefas que exigem múltiplas habilidades. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente esses mecanismos e aplicar esses conhecimentos em contextos clínicos e de reabilitação.

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