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Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam dificuldades na prosódia, o que impacta suas habilidades linguísticas e sociais. A prosódia desempenha um papel crucial na comunicação, abrangendo aspectos gramaticais, pragmáticos e emocionais. Um estudo recente investigou as características acústicas da expressão emocional em crianças de 5 anos com TEA, comparando-as com crianças com desenvolvimento típico.

A pesquisa envolveu 19 crianças com TEA e 19 crianças com desenvolvimento típico, todas com 5 anos de idade. Os pesquisadores analisaram as diferenças nas variações da frequência fundamental (f0) em três contextos de expressão emocional: neutro, gostar e não gostar. A frequência fundamental, em termos simples, é a característica acústica primária que percebemos como o tom de uma voz. A análise dessas variações ajuda a entender como a emoção é expressa vocalmente.

Os resultados revelaram que a variação de f0 no contexto neutro foi maior em crianças com TEA do que em crianças com desenvolvimento típico. No entanto, dentro do grupo TEA, não houve diferenças significativas na variação de f0 entre os três contextos emocionais. Em contraste, no grupo de desenvolvimento típico, foram observadas diferenças significativas entre os contextos neutro e gostar, e entre os contextos gostar e não gostar. Adicionalmente, no grupo TEA, foi encontrada uma correlação negativa entre a variação de f0 no contexto de gostar e a pontuação no Social Responsiveness Scale, Second Edition. Isso sugere que crianças com TEA que apresentam menor variação na frequência fundamental ao expressar gostar podem ter maiores desafios em suas habilidades sociais.

Em resumo, o estudo demonstra uma tendência nas características acústicas em crianças com TEA ao examinar a relação entre esses traços e a expressão emocional. Esses achados contribuem para uma melhor compreensão das nuances da comunicação em crianças com TEA. Pesquisas futuras que explorem a prosódia em uma gama mais ampla de contextos emocionais são necessárias para aprofundar o entendimento da relação entre a frequência fundamental e a emoção nesse grupo.

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