Saúde Desvendada

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A atenção à saúde mental tem evoluído constantemente, buscando abordagens mais eficazes e humanizadas para o tratamento de pacientes com doenças mentais graves e persistentes (DMGPs). Uma dessas abordagens inovadoras é o conceito de ‘cuidado da ostra’, que visa oferecer um ambiente terapêutico mais adaptado às necessidades individuais desses pacientes, especialmente aqueles que não respondem bem aos tratamentos convencionais.

Um estudo recente explorou as experiências de cuidadores que trabalham com pacientes com DMGPs e como eles integram o ‘cuidado da ostra’ em suas práticas. A pesquisa revelou que, embora o trabalho com esses pacientes seja desafiador, também proporciona grande satisfação profissional. O conceito de ‘cuidado da ostra’ parece ter se desenvolvido de forma orgânica, a partir das boas práticas observadas no dia a dia, resultando em diversas ferramentas e diretrizes que podem ser aplicadas para melhorar a qualidade do atendimento.

As descobertas do estudo apontam para oportunidades de aprimoramento no nível das políticas de saúde, com foco em uma organização mais direcionada de pessoas e recursos. Isso inclui a oferta de terapias não verbais, como musicoterapia, terapia criativa e psicomotricidade, o aumento da presença de médicos nas enfermarias, a conversão de quartos de isolamento em áreas de acolhimento e a garantia de uma equipe treinada e suficiente para dedicar tempo aos pacientes com DMGPs. A validação dessas oportunidades pode contribuir para um cuidado de maior qualidade, atendendo melhor às necessidades de pacientes que, devido ao sofrimento mental complexo e à resistência aos tratamentos padrão, têm dificuldade em encontrar seu lugar dentro e fora dos serviços de saúde mental de longo prazo. Além disso, tais iniciativas podem ter um impacto positivo na carga de trabalho dos cuidadores e, consequentemente, na retenção de pessoal, que é atualmente um problema nas enfermarias para pacientes com DMGPs.

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