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O Controle Motor Voluntário Seletivo (CMVS) dos membros superiores é um fator crucial para a funcionalidade em crianças com Paralisia Cerebral (PC). Um estudo recente investigou as diferenças no CMVS entre crianças com PC espástica unilateral e bilateral, e como esse controle se relaciona com a estabilidade do tronco e o equilíbrio. A pesquisa, publicada no Journal of Motor Behavior, analisou 58 crianças com PC espástica, sendo 31 com PC unilateral e 27 com PC bilateral.

Os pesquisadores utilizaram escalas específicas para avaliar o CMVS (Escala de Controle Seletivo dos Membros Superiores – SCUES), o equilíbrio (Escala de Equilíbrio Pediátrica – PBS) e o controle do tronco (Escala de Medição do Controle do Tronco – TCMS). Os resultados mostraram que não houve diferença significativa nos escores da SCUES entre os grupos unilateral e bilateral. No entanto, a correlação entre o CMVS e o controle do tronco (TCMS) foi observada em ambos os grupos, sendo mais forte no grupo com PC bilateral. Curiosamente, a correlação entre o equilíbrio (PBS) e o CMVS foi significativa apenas nos casos de PC bilateral.

A conclusão principal do estudo é que o comprometimento do CMVS é comum na PC espástica. A pesquisa também aponta que, em casos de PC bilateral, a relação entre o controle motor dos membros superiores, o controle do tronco e o equilíbrio é mais evidente do que em casos de PC unilateral. Compreender essas diferenças é fundamental para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas mais direcionadas e eficazes, visando melhorar a qualidade de vida e a funcionalidade de crianças com PC espástica. Intervenções que foquem no fortalecimento do tronco e na melhora do equilíbrio podem ter um impacto positivo no controle motor dos membros superiores, especialmente em crianças com PC bilateral.

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