Fadiga Mental: Reorganização da Rede Cerebral Desvendada por EEG e fMRI
A fadiga mental, um fator significativo na neuroergonomia, tem sido objeto de extensos estudos para desvendar seus mecanismos neurais subjacentes. Uma pesquisa recente utilizou uma análise de rede simultânea de EEG (eletroencefalograma) e fMRI (ressonância magnética funcional) para investigar a reorganização da rede cerebral associada à fadiga.
No estudo, dados de neuroimagem multimodal foram coletados de 35 participantes saudáveis durante uma tarefa de atenção sustentada de 15 minutos, especificamente uma tarefa de vigilância psicomotora. Os resultados revelaram um padrão de declínio progressivo no desempenho comportamental, com os primeiros e últimos 3 minutos da tarefa identificados como os estados de maior vigilância e maior fadiga, respectivamente. As arquiteturas de rede cerebral multimodal dentro desses dois estados foram comparadas quantitativamente.
As análises revelaram que as redes de EEG e fMRI exibiram reorganizações divergentes, porém inter-relacionadas. Notavelmente, a deficiência relacionada à fadiga na transmissão paralela de informações foi observada em múltiplas faixas de frequência do EEG, enquanto apenas a eficiência local foi alterada na rede fMRI. Além disso, uma diminuição convergente na eficiência nodal, principalmente na rede de modo padrão (DMN), foi encontrada em ambas as redes EEG e fMRI, sugerindo um declínio na capacidade de controle cognitivo durante a fadiga mental. Em conjunto, este estudo integrando análises de rede EEG-fMRI multimodal oferece novas perspectivas sobre as adaptações neurais dinâmicas à fadiga mental, aprofundando nossa compreensão dos mecanismos neurais subjacentes a este fenômeno comum. A identificação de padrões específicos de disconexão pode levar a intervenções mais direcionadas para mitigar os efeitos da fadiga no desempenho cognitivo e no bem-estar geral.
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