Neuroprótese Gastrointestinal: Uma Nova Esperança para Distúrbios de Motilidade
Distúrbios de motilidade gastrointestinal (GI), que afetam a capacidade do sistema digestivo de mover alimentos de forma eficaz, impactam a vida de mais de 20% da população. As opções de tratamento atuais, como medicamentos, mudanças comportamentais e cirurgias, muitas vezes oferecem alívio limitado. Uma pesquisa inovadora aponta para uma solução promissora: uma neuroprótese GI de circuito fechado.
Esta neuroprótese funciona estimulando eletricamente os músculos do trato GI em resposta a estímulos alimentares. O dispositivo é projetado para ativar ou relaxar a musculatura, abordando a causa neuromuscular subjacente da dismotilidade. Além disso, os pesquisadores desenvolveram uma ferramenta minimamente invasiva para a implantação endoscópica da neuroprótese, permitindo que ela interaja diretamente com o sistema nervoso entérico, o sistema nervoso intrínseco do trato gastrointestinal.
Em testes com modelos suínos de dismotilidade esofágica e estomacal, a neuroprótese demonstrou ser capaz de gerar ondas peristálticas coordenadas, aumentando significativamente a taxa de motilidade. Além disso, ao modular o plexo mientérico, uma rede de nervos que controla a função muscular do trato GI, o dispositivo conseguiu induzir peristaltismo em um estado de jejum e provocar uma resposta metabólica semelhante à de um estado alimentado ou saciado. Essa tecnologia inovadora abre novas portas para o tratamento de patologias metabólicas e neuromusculares que afetam o trato gastrointestinal, oferecendo uma alternativa terapêutica promissora para pacientes que sofrem de dismotilidade GI.
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