Colina para Recém-Nascidos Prematuros: Uma Revisão Sistemática
A suplementação de colina em recém-nascidos prematuros tem sido objeto de estudo devido ao seu papel crucial no desenvolvimento cerebral e metabolismo. Um estudo recente realizou uma revisão sistemática para identificar as doses e vias de administração de colina que atendam às necessidades metabólicas desses bebês vulneráveis.
A pesquisa, conduzida através de uma análise de dados de bases como PubMed, SciELO e Web of Science, com atualização em agosto de 2024, analisou oito artigos originais. A equipe de pesquisa, liderada por Ligia Modelli Rodrigues, buscou determinar a dosagem ideal de colina, tanto por via parenteral (intravenosa) quanto enteral (oral ou por sonda). Os resultados indicaram que a dosagem recomendada para administração parenteral ainda é incerta. No entanto, observou-se que a diminuição dos níveis de colina no soro é inversamente proporcional à quantidade administrada por nutrição parenteral, especialmente em prematuros com progressão lenta para a nutrição enteral.
Por outro lado, a administração enteral de colina em doses de 40–50 mg/kg/dia parece ser suficiente para manter os níveis plasmáticos em concentrações semelhantes às encontradas no cordão umbilical de bebês prematuros. Apesar disso, a necessidade de suplementação diária de colina desde o primeiro dia de vida ainda é controversa. A revisão sistemática conclui que, embora a dose ideal para nutrição parenteral ainda necessite de mais estudos, a evidência científica sugere que a suplementação enteral nessa dosagem atende às necessidades metabólicas dos recém-nascidos prematuros. Em resumo, este estudo fornece informações valiosas para a prática clínica, destacando a importância de considerar a suplementação de colina em bebês prematuros, embora mais pesquisas sejam necessárias para otimizar as estratégias de administração.
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