Terapia Manual de Shishonin: Uma Abordagem Eficaz para Reduzir a Pressão Arterial e Melhorar a Composição Corporal?
A hipertensão arterial essencial (HAE) e o diabetes mellitus tipo 2 representam desafios significativos para a saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Recentemente, novas teorias sobre a patogênese dessas condições têm ganhado destaque, associando-as a distúrbios na regulação do sistema nervoso central, muitas vezes decorrentes da hipóxia dos centros reguladores cerebrais. Nesse contexto, a terapia manual-física, especificamente o método desenvolvido por A.Yu. Shishonin, surge como uma abordagem promissora para mitigar a hipóxia nas estruturas cerebrais e, consequentemente, melhorar a saúde cardiovascular e metabólica.
Um estudo recente investigou o impacto da terapia manual de Shishonin na pressão arterial e na composição corporal de pacientes com HAE ou pré-hipertensão. A pesquisa envolveu 144 participantes, divididos em um grupo principal (110 pacientes) submetido à terapia e um grupo controle (34 pacientes) que recusou tratamentos. Os resultados revelaram uma diminuição significativa na pressão arterial sistólica (PAS) no grupo tratado, com uma redução de 11,3 mmHg no meio do curso da terapia e impressionantes 22,3 mmHg após a conclusão. A pressão arterial diastólica (PAD) também apresentou uma queda notável, de 3,4 mmHg no meio do curso e 4,4 mmHg ao final da terapia. Adicionalmente, a frequência cardíaca diminuiu significativamente em 12 batimentos por minuto após as sessões de correção manual-física.
Além dos benefícios cardiovasculares, o estudo também demonstrou melhorias na composição corporal dos pacientes submetidos à terapia de Shishonin. Houve uma redução significativa na massa gorda, com uma perda média de 3,5 kg ao final do tratamento. A perda de fluido total também foi significativa, atingindo 8,3 kg. Embora tenha sido observado um aumento na massa muscular, este não atingiu um nível estatisticamente significativo. Esses resultados sugerem que a terapia manual de Shishonin pode ser uma ferramenta valiosa para auxiliar na normalização da pressão arterial e na otimização da composição corporal, possivelmente através da melhora do fluxo sanguíneo para as estruturas regulatórias, da normalização do comportamento alimentar e da atividade simpatoadrenal, em linha com a teoria do “cérebro egoísta”.
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