Rastreamento do Autismo em Bebês: Ferramentas e a Importância da Detecção Precoce
A identificação precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é fundamental para garantir que as crianças recebam o apoio e as intervenções necessárias o mais cedo possível, maximizando seu potencial de desenvolvimento. Um estudo recente avaliou a eficácia de diferentes ferramentas de rastreamento para autismo em crianças de 12 e 15 meses de idade, buscando otimizar o processo de detecção.
O estudo utilizou o Infant/Toddler Checklist (ITC) e o First Year Inventory-Lite (FYI-L) em crianças de 12 meses, e o FYI-L e o Modified Checklist for Autism in Toddlers, Revised with Follow-Up (M-CHAT-R/F) em crianças de 15 meses. Após o rastreamento, as famílias cujos filhos apresentaram resultados positivos ou que geraram preocupações clínicas foram convidadas a participar de uma avaliação diagnóstica gratuita. Os resultados mostraram que, embora a especificidade (capacidade de identificar corretamente crianças sem autismo) tenha sido alta para todas as ferramentas, a sensibilidade (capacidade de identificar corretamente crianças com autismo) variou. Em crianças de 12 meses, o ITC apresentou baixa sensibilidade, enquanto o FYI-L mostrou sensibilidade moderada. Aos 15 meses, tanto o FYI-L quanto o M-CHAT-R/F apresentaram sensibilidade moderada.
Apesar dos dados não favorecerem o rastreamento universal em idades mais jovens, o estudo destaca a importância do uso de ferramentas como o ITC, FYI-L e M-CHAT-R/F para identificar possíveis casos de autismo em crianças de 12 e 15 meses. É crucial ressaltar que o rastreamento nessas idades não detecta todos os casos, e o rastreamento repetido aos 18 meses e posteriormente é essencial para apoiar a detecção do autismo o mais cedo possível. A combinação de diferentes ferramentas e o acompanhamento contínuo são estratégias importantes para garantir que todas as crianças com TEA recebam o diagnóstico e o suporte adequados para um desenvolvimento saudável.
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