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Um novo estudo investigou como o envelhecimento afeta o fenótipo do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em um modelo de camundongo mutante Shank3B. A pesquisa, publicada no Journal of Neurodevelopmental Disorders, revelou que a idade pode influenciar a manifestação de características semelhantes ao autismo, embora o impacto observado seja considerado pequeno.

O estudo analisou camundongos machos e fêmeas em diferentes fases da vida: adolescência (1-2 meses), idade adulta (3-6 meses) e velhice (12-18 meses). Os pesquisadores avaliaram aspectos como sociabilidade, comportamentos repetitivos, exploração, atividade locomotora, comportamento semelhante à ansiedade e comportamento de esquiva de objetos. Os resultados indicaram que déficits sociais foram mais evidentes em camundongos machos idosos com a mutação Shank3B. O comportamento semelhante à ansiedade atingiu o pico na idade adulta, com os camundongos mutantes apresentando cerca de 20% mais ansiedade do que os controles. A ocorrência de comportamentos repetitivos, como o excesso de higiene, e o comportamento de esquiva de objetos foram duas vezes mais frequentes nos camundongos Shank3B-/- ao longo da vida.

Além disso, a pesquisa apontou que a hipoatividade (20% menos distância percorrida) e a redução da exploração (30% menos comportamento de criação) foram observadas nos camundongos Shank3B-/-, sendo mais acentuadas nos animais do sexo feminino (30% menos comportamento de criação). Os autores do estudo enfatizam que, embora o efeito do envelhecimento no fenótipo do TEA pareça ser pequeno, a pesquisa sugere que a idade é um fator a ser considerado em estudos futuros sobre o autismo, tanto em modelos animais quanto em humanos. A compreensão dos mecanismos subjacentes a esses efeitos específicos ao sexo e à idade poderá abrir novas perspectivas para intervenções terapêuticas no TEA. Estudos futuros devem se aprofundar nesses mecanismos, buscando implicações translacionais para o tratamento e manejo do autismo ao longo da vida.

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