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A busca por aprimorar a reabilitação motora tem levado a avanços promissores na área das interfaces cérebro-computador (BCI). Uma pesquisa recente investigou o potencial da estimulação cerebral não invasiva, especificamente a estimulação theta-burst intermitente (iTBS) direcionada ao córtex pré-frontal dorsolateral direito (RDLPFC), para melhorar o desempenho em tarefas que envolvem o uso de imagens motoras em conjunto com BCI (MI-BCI).

O estudo, publicado no Journal of Neuroengineering and Rehabilitation, revelou que a aplicação de iTBS no RDLPFC pode otimizar o treinamento com MI-BCI e solucionar o problema da “ineficiência da BCI” observada em alguns indivíduos. Acredita-se que essa ineficiência esteja relacionada à ativação de áreas cerebrais específicas, como a rede de atenção frontoparietal e o córtex motor suplementar, que desempenham um papel crucial na execução de movimentos imaginados. Ao modular a excitabilidade do RDLPFC, a iTBS parece induzir mudanças neuroplásticas que favorecem a ativação dessas áreas.

Os resultados demonstraram que a estimulação do RDLPFC promoveu alterações na conectividade funcional de regiões cerebrais associadas à imaginação motora e aumentou a ativação de áreas motoras. Essas descobertas sugerem que o RDLPFC pode ser um alvo promissor para aprimorar a imaginação motora e otimizar os sistemas BCI, abrindo novas perspectivas para a reabilitação de pacientes com dificuldades motoras e oferecendo uma ferramenta poderosa para auxiliar na recuperação de habilidades motoras perdidas ou comprometidas. A utilização combinada de técnicas como EEG e fNIRS permitiu uma análise detalhada das mudanças cerebrais induzidas pela iTBS. Esses avanços podem revolucionar a forma como abordamos a reabilitação neurológica no futuro.

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