Força nas Mãos, Mente Ativa: Estudo Revela Ligação Entre Força de Preensão e Risco de Alzheimer
Um estudo recente e abrangente, publicado no International Journal of Geriatric Psychiatry, investigou a relação entre a força de preensão manual e o risco de desenvolver a doença de Alzheimer (DA) em adultos de meia-idade e idosos. A pesquisa, que acompanhou quase 86 mil participantes ao longo de vários anos, revelou que níveis mais elevados de força nas mãos podem estar associados a um menor risco de desenvolver a doença, mas com nuances importantes relacionadas à faixa etária.
Os pesquisadores analisaram dados de participantes com mais de 50 anos em 27 países europeus e Israel, coletados entre 2004 e 2021. A força de preensão manual foi medida utilizando um dinamômetro, e o diagnóstico de Alzheimer foi baseado em relatos dos próprios participantes sobre diagnósticos prévios. Os resultados mostraram que, para participantes com menos de 65 anos, aqueles com força de preensão no terço médio e superior apresentaram um risco menor de DA em comparação com aqueles no terço inferior. Mais especificamente, foram identificadas faixas de força de preensão ideais para a prevenção da DA, variando entre 54 e 56 kg para adultos de 50 a 64 anos, e entre 31 e 49 kg para aqueles com 65 anos ou mais.
Esses achados sugerem que a avaliação rotineira da força de preensão manual pode ser uma ferramenta útil para profissionais de saúde identificarem pessoas com risco aumentado de Alzheimer. Além disso, intervenções focadas no fortalecimento muscular, como exercícios de resistência, podem representar uma estratégia prática para apoiar a saúde cognitiva e reduzir o risco de demência na prática clínica. É importante ressaltar que a relação entre força de preensão e risco de Alzheimer parece ser dose-dependente e influenciada pela idade, o que reforça a necessidade de abordagens personalizadas e adaptadas às necessidades individuais de cada paciente.
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