Atividade Física e Saúde na Pós-Menopausa: Impactos no Metabolismo e Cognição
A menopausa, marcada pelo fim da menstruação, traz consigo diversas mudanças hormonais que podem impactar a saúde da mulher. Um estudo recente investigou como diferentes níveis de atividade física influenciam marcadores bioquímicos importantes, funções cognitivas e a ingestão de macronutrientes em mulheres na pós-menopausa.
A pesquisa envolveu 72 mulheres saudáveis, com idades entre 55 e 73 anos, residentes na Polônia. As participantes foram divididas em dois grupos com base em seus níveis de atividade física, avaliados por meio de um questionário padronizado. Além da avaliação da atividade física, foram coletados dados sobre composição corporal, pressão arterial e desempenho em testes cognitivos, como o Mini-Exame do Estado Mental (MMSE) e testes de habilidades motoras e psicomotoras. A análise da dieta foi realizada através de registros alimentares detalhados, abrangendo três dias, para determinar o consumo de macronutrientes e a ingestão calórica total.
Os resultados revelaram uma diferença estatisticamente significativa nos níveis de colesterol total entre os grupos, com o grupo mais ativo fisicamente apresentando níveis mais elevados. Apesar de outras variações observadas nos níveis de BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), glicose, triglicerídeos, IL-6 (interleucina-6) e insulina entre os grupos não terem atingido significância estatística, foram notadas correlações importantes entre esses marcadores e o desempenho cognitivo, especialmente nas velocidades motora e psicomotora, variando conforme o nível de atividade física. O estudo também identificou desvios nas preferências alimentares do grupo analisado em relação às recomendações nutricionais atuais. Em conclusão, a pesquisa sugere que o nível de atividade física pode exercer influência sobre certos marcadores bioquímicos e funções cognitivas em mulheres na pós-menopausa, indicando os benefícios potenciais da atividade física para a saúde nesta fase da vida. No entanto, os autores ressaltam a necessidade de mais estudos para aprofundar o entendimento dos mecanismos subjacentes e validar a atividade física como uma estratégia eficaz para aprimorar a saúde na pós-menopausa.
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