Saúde Desvendada

A avaliação de crianças bilíngues com neurodivergências apresenta desafios únicos, exigindo uma abordagem cuidadosa e sensível. Um estudo recente publicado no International Journal of Language & Communication Disorders destaca a importância de práticas de pesquisa equitativas e inclusivas para melhor compreender e apoiar o desenvolvimento linguístico e cognitivo dessas crianças.

A pesquisa aponta que muitos estudos ainda utilizam métodos de avaliação que comparam crianças bilíngues a normas monolíngues, o que pode levar a diagnósticos imprecisos e a uma compreensão distorcida de suas habilidades. A falta de ferramentas de avaliação cultural e linguisticamente adequadas também contribui para essa disparidade. É crucial que futuros estudos adotem metodologias inclusivas e avaliações holísticas, que considerem a complexidade do bilinguismo e da neurodiversidade.

O estudo também revela que a maioria das pesquisas se concentra em transtornos do desenvolvimento da linguagem (TDL) e transtorno do espectro autista (TEA), negligenciando outras condições neurodivergentes. Além disso, há uma carência de pesquisas baseadas na comunidade, que poderiam oferecer métodos mais inclusivos ao envolver as comunidades bilíngues em todo o processo de investigação. A adoção de práticas mais justas e a utilização de ferramentas apropriadas são essenciais para garantir avaliações clínicas e de linguagem justas, evitando o risco de diagnósticos errôneos e promovendo o bem-estar de crianças bilíngues neurodivergentes.

Origem: Link