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O tecido adiposo epicárdico (TAE), um tipo de gordura que envolve o coração, tem se mostrado metabolicamente ativo e em constante comunicação com as células cardíacas. Essa interação dinâmica modula a função e o metabolismo do coração. Um estudo recente investigou as alterações que ocorrem no TAE de pacientes submetidos a cirurgias cardíacas, especialmente em relação ao estresse oxidativo, um fator chave para a morte celular e remodelamento cardíaco, frequentemente associado ao diabetes e doenças cardiovasculares.

A pesquisa comparou o TAE com o tecido adiposo subcutâneo (TAS) em 128 pacientes. Os resultados revelaram que o TAE apresenta uma dinâmica mitocondrial intensificada, com maior expressão de marcadores de fusão e fissão mitocondrial. Além disso, os níveis de espécies reativas de oxigênio (ROS), indicativos de estresse oxidativo, estavam elevados no TAE, enquanto a peroxidação lipídica, um dano causado pelo estresse oxidativo, estava reduzida em comparação com o TAS. Surpreendentemente, apesar do aumento do estresse oxidativo, os níveis de glutationa reduzida (GSH), um importante antioxidante, estavam aumentados no TAE.

Entretanto, o estudo também observou uma redução significativa na atividade da glutationa peroxidase e nos níveis de outros marcadores de defesa antioxidante, como catalase e superóxido dismutase 2, no TAE. Esses achados sugerem que, embora o TAE tente se proteger contra o estresse oxidativo através do aumento da GSH, suas defesas antioxidantes globais estão comprometidas. Essa combinação de aumento do estresse oxidativo e defesas antioxidantes reduzidas no TAE pode contribuir para o desenvolvimento e progressão de doenças cardíacas, tornando-o um potencial alvo para novas abordagens diagnósticas e terapêuticas. A compreensão aprofundada desses processos pode abrir caminho para o desenvolvimento de intervenções mais eficazes para proteger a saúde do coração.

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