Análise de Movimento: Uma Ferramenta Diagnóstica para Depressão e Esquizofrenia
A psiquiatria moderna busca, constantemente, ferramentas mais precisas e objetivas para auxiliar no diagnóstico de transtornos mentais. Uma área promissora é a análise do movimento, que investiga padrões motores anormais associados a condições como depressão e esquizofrenia. Estudos recentes têm demonstrado que a forma como nos movemos pode fornecer informações valiosas sobre nosso estado mental.
Anormalidades no movimento, como catatonia e retardo psicomotor, são há muito reconhecidas como características importantes em pacientes com depressão e esquizofrenia. Tradicionalmente, essas observações eram feitas através de exames clínicos. No entanto, o avanço da tecnologia permite agora avaliações mais objetivas e precisas. Pesquisadores têm identificado padrões motores distintos em ambos os transtornos, desde a marcha e a postura até habilidades motoras finas e gestos não verbais.
Uma revisão sistemática recente, que analisou estudos dos últimos cinco anos, investigou as diferenças de movimento entre indivíduos com depressão ou esquizofrenia e grupos de controle saudáveis. Os resultados indicaram que pessoas com depressão frequentemente apresentam movimentos mais lentos e menos dinâmicos. Já a esquizofrenia está associada a uma variedade de anormalidades motoras, incluindo marcha mais lenta, dificuldades na execução de gestos e deficits nas habilidades motoras finas. Essas descobertas abrem portas para o desenvolvimento de ferramentas de diagnóstico assistidas por inteligência artificial (IA), que podem auxiliar os clínicos na identificação precoce e no monitoramento do tratamento desses transtornos. Ao identificar os tipos de dados de movimento mais indicativos de depressão e esquizofrenia, a IA pode contribuir para diagnósticos mais precisos e intervenções mais eficazes.
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