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Um estudo recente trouxe novas perspectivas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), identificando tanto características moleculares específicas de tecidos quanto elementos comuns entre o sangue e o cérebro. Através de uma análise integrada de redes de interação proteína-proteína (PPI), os pesquisadores descobriram 16 genes considerados chave para o desenvolvimento do TEA e apontaram 23 fármacos que poderiam ter potencial terapêutico. Além disso, foram identificados 12 novos genes associados ao autismo, com papéis importantes em funções neurológicas e imunológicas.

A pesquisa analisou dados de expressão gênica de amostras cerebrais post-mortem e leucócitos sanguíneos, buscando genes que apresentavam expressão diferencial. A análise revelou 204 genes importantes no sangue, ligados à regulação do ciclo celular e à resposta ao estresse. No cérebro, 290 genes chave foram identificados, focados na atividade ribossomal e na produção de proteínas. A integração dessas informações em uma rede PPI revelou os 16 genes compartilhados, indicando processos biológicos comuns no TEA, como metabolismo do RNA, regulação proteica, sinalização SLIT/ROBO e vias antivirais.

Com base nessas descobertas, o estudo utilizou plataformas de reposicionamento de fármacos para identificar compostos que poderiam ser eficazes no tratamento do TEA. Os resultados apontaram para 23 medicamentos potenciais, incluindo sulpirida e everolimus, que se mostraram promissores. Além disso, 19 dos fármacos identificados apresentaram relevância neurológica, e seis deles demonstraram permeabilidade significativa à barreira hematoencefálica, um fator crucial para o tratamento de condições cerebrais. A descoberta desses novos genes e potenciais terapias oferece um caminho promissor para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para o autismo, com foco em alvos moleculares específicos.

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