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Um novo estudo explora a relação complexa entre indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o uso da internet. A pesquisa demonstra que, embora apresentem um consumo maior de certas atividades online, como jogos e vídeos, pessoas com TEA tendem a utilizar menos as redes sociais em comparação com indivíduos neurotípicos. O estudo busca entender as motivações por trás desse padrão atípico.

A pesquisa propõe um modelo de psicopatologia do desenvolvimento baseado em motivações, argumentando que o uso excessivo da internet por pessoas com TEA pode ser impulsionado por necessidades sociais, mecanismos de enfrentamento e busca por gratificação. Características comuns do TEA, como interesses restritos e dificuldades em interações sociais face a face, podem intensificar essas motivações, levando a um maior envolvimento com atividades online que oferecem um senso de conforto e controle. Por exemplo, jogos online e vídeos podem proporcionar ambientes previsíveis e oportunidades para explorar interesses específicos sem a complexidade das interações sociais presenciais.

Em contraste, a aversão às redes sociais observada em indivíduos com TEA pode ser atribuída a diferenças na forma como essas mesmas motivações operam nesse contexto. A necessidade de interações sociais, a busca por estratégias de enfrentamento e o desejo de aprimoramento pessoal podem não ser tão facilmente atendidos nas redes sociais por pessoas com TEA. A natureza imprevisível e muitas vezes sobrecarregada das interações online, combinada com desafios na interpretação de pistas sociais e na comunicação não verbal, pode tornar as redes sociais menos atraentes e até mesmo aversivas para esse grupo. O estudo também destaca a adolescência como um período crítico, onde o uso da internet pode facilmente se tornar problemático, e enfatiza a importância do papel dos pais na regulamentação do comportamento online de jovens com TEA.

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