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Pesquisadores investigam a ligação entre os níveis de neurofilamentos no sangue e o desempenho cognitivo em pacientes com transtorno bipolar (TB). Um estudo recente explorou se os níveis elevados de neurofilamentos, que são componentes estruturais dos neurônios, poderiam indicar neurodegeneração em pessoas com TB.

O estudo avaliou os níveis de neurofilamentos de cadeia leve (NF-L), média (NF-M) e pesada (NF-H) em pacientes com TB em diferentes fases: mania, depressão e eutimia (estabilidade do humor). Os pesquisadores utilizaram o método ELISA para medir esses níveis no sangue e aplicaram a bateria de testes neuropsicológicos CNSVS (Central Nervous System Vital Signs) para avaliar a função cognitiva dos participantes. Os resultados revelaram que os níveis médios de NF-L, NF-M e NF-H apresentaram diferenças significativas entre os grupos de pacientes e o grupo controle saudável (p < 0,001), sugerindo que o TB está associado a alterações nos neurofilamentos.

Além disso, ao avaliar a relação entre os níveis de neurofilamentos e os domínios neurocognitivos em pacientes bipolares, observou-se uma correlação negativa entre os níveis de NF-M e NF-H e o Índice de Capacidade Neurocognitiva (NCI), memória composta, memória verbal e visual, flexibilidade cognitiva, funções executivas e velocidade psicomotora. Essa correlação sugere que níveis mais elevados de NF-M e NF-H podem estar associados a um desempenho cognitivo mais fraco em indivíduos com transtorno bipolar, possivelmente refletindo um processo de neurodegeneração que impacta a função cerebral. A pesquisa aponta para a possibilidade de que os níveis de neurofilamentos no sangue possam servir como um biomarcador para a neurodegeneração no TB e destaca a importância da avaliação neuropsicológica para identificar disfunções cognitivas em pacientes com essa condição. Mais estudos são necessários para confirmar esses achados e explorar o potencial terapêutico de intervenções que visem proteger os neurônios e melhorar a função cognitiva em pessoas com transtorno bipolar.

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