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A epilepsia com crises mioclônico-atônicas (EMAS), também conhecida como síndrome de Doose, é uma condição neurológica que se manifesta na infância, geralmente entre os 7 meses e os 6 anos de idade. Caracterizada por crises atônicas e mioclônicas, a EMAS pode estar associada a alterações cognitivas e comportamentais, impactando o desenvolvimento da criança.

Um estudo recente investigou o desempenho cognitivo e comportamental de crianças diagnosticadas com EMAS, comparando-as com um grupo de controle saudável. O objetivo foi avaliar o comportamento adaptativo, o desempenho em testes de inteligência e neuropsicológicos, além de verificar a associação com transtorno do espectro autista (TEA) e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Os resultados revelaram diferenças significativas no desempenho em testes de inteligência e neuropsicológicos entre os grupos, com um desempenho inferior no grupo EMAS. Surpreendentemente, uma parcela significativa das crianças com EMAS apresentou sintomas de TDAH, enquanto nenhuma manifestou sintomas de TEA ou alterações significativas no comportamento adaptativo.

Esses achados ressaltam a importância de uma avaliação abrangente do perfil cognitivo e comportamental em crianças com EMAS. Identificar déficits específicos permite o desenvolvimento de intervenções direcionadas, visando minimizar o impacto das alterações no dia a dia e promover uma melhor qualidade de vida. A atenção redobrada aos sinais de TDAH, em particular, pode otimizar o tratamento e o acompanhamento dessas crianças, garantindo um suporte adequado para o seu desenvolvimento integral. A pesquisa contínua nessa área é fundamental para aprimorar a compreensão da EMAS e suas implicações, possibilitando intervenções mais eficazes e personalizadas.

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