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A relação entre obesidade e distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva do sono (AOS), tem sido objeto de estudo crescente. Uma pesquisa recente investigou essa conexão, analisando a mecânica pulmonar e os sinais de ultrassom torácico em adultos com obesidade. O objetivo foi comparar o risco de desenvolver distúrbios do sono com anormalidades nesses parâmetros, buscando identificar fatores preditivos para a AOS.

O estudo envolveu 50 participantes que foram avaliados quanto ao risco de AOS através de questionários e escalas como a classificação de Mallampati, a Escala de Sonolência de Epworth (ESS) e o questionário STOP-Bang. Adicionalmente, os participantes foram submetidos a exames de oscilometria respiratória, espirometria e ultrassom torácico. Os resultados revelaram associações significativas entre os achados desses exames e o risco de AOS. Por exemplo, o subgrupo com oscilometria respiratória anormal apresentou maior probabilidade de ter um escore ESS indicativo de alto risco para AOS. Da mesma forma, a frequência de pacientes com classificação de Mallampati de alto risco foi maior no subgrupo com mais de 2 linhas B no ultrassom torácico. A presença de consolidações subpleurais também se correlacionou com um escore ESS indicativo de AOS.

A análise multivariada identificou que a presença de mais de 2 linhas B no ultrassom e o índice de massa corporal (IMC) foram variáveis independentes para prever a classificação de Mallampati, enquanto a consolidação subpleural foi a única variável independente para prever o escore ESS. Esses achados sugerem que tanto a mecânica respiratória quanto as alterações pulmonares detectadas por ultrassom podem ser indicadores importantes do risco de desenvolver AOS em indivíduos com obesidade. Compreender esses fatores pode auxiliar na identificação precoce e no manejo adequado dos distúrbios do sono nessa população.

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