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Um estudo abrangente realizado em hospitais na Irlanda entre 2016 e 2022 revelou dados importantes sobre a epidemiologia da sepse, uma condição grave resultante de uma resposta inflamatória descontrolada do corpo a uma infecção. A pesquisa comparou casos de sepse adquirida na comunidade (CA) com sepse adquirida em hospitais (HA), analisando sua relação com a mortalidade associada à sepse.

Os resultados indicaram que, embora a sepse comunitária seja mais comum, a sepse hospitalar está associada a uma taxa de mortalidade significativamente maior. Pacientes diagnosticados com sepse HA tiveram 1,5 vezes mais chances de falecer no hospital em comparação com aqueles com sepse CA. O estudo também identificou fatores de risco importantes que contribuem para o aumento da mortalidade, incluindo infecções por SARS-CoV-2 (o vírus da COVID-19), influenza (gripe) ou pneumonia, além de comorbidades como câncer e doenças cardíacas. Em particular, a infecção por SARS-CoV-2 emergiu como o fator de risco mais forte, com uma razão de chances (OR) de 2,4, seguida por doença cardíaca e influenza/pneumonia, ambas com OR de 1,9.

Além dos fatores clínicos, a pesquisa também apontou para a influência de determinantes sociais na mortalidade por sepse. Pacientes com menor nível socioeconômico apresentaram um risco 20% maior de óbito. Esses achados reforçam a necessidade de estratégias direcionadas para identificar e tratar precocemente a sepse, especialmente em populações vulneráveis e em pacientes com comorbidades específicas. A compreensão da epidemiologia da sepse, incluindo a distinção entre sepse CA e HA, é crucial para que os profissionais de saúde possam identificar pacientes com maior risco e implementar medidas preventivas e terapêuticas eficazes. Esses dados também destacam a importância de investir em políticas públicas que abordem as desigualdades sociais em saúde, visando reduzir a mortalidade por sepse em todas as camadas da população.

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