Luz Azul à Noite: Como a Exposição Afeta o Sono e o Desempenho de Jovens Atletas
A exposição à luz azul, emitida por telas de smartphones, tablets e computadores, tem sido associada a diversos impactos negativos na saúde, especialmente quando ocorre no período noturno. Um estudo recente investigou como o horário da exposição à luz azul afeta a qualidade do sono, o desempenho motor e a função cognitiva em jovens atletas.
A pesquisa, publicada na revista Biology of Sport, envolveu atletas adolescentes do sexo masculino com cronotipos intermediários, ou seja, que não são nem extremamente matutinos, nem vespertinos. Os participantes foram submetidos a diferentes horários de exposição à luz azul: entre 19h30 e 21h, entre 21h e 22h30, entre 22h30 e 0h, e um grupo controle sem exposição à luz azul. Os resultados indicaram que a exposição à luz azul no período da noite, especialmente após as 21h, teve um impacto negativo significativo no sono, no desempenho motor e na atenção seletiva dos atletas.
Especificamente, o estudo revelou que os atletas expostos à luz azul mais tarde na noite apresentaram uma duração total de sono significativamente menor em comparação com o grupo controle e com aqueles expostos mais cedo. Além disso, a precisão no arremesso de dardos (uma medida de desempenho motor) e a atenção seletiva também foram prejudicadas nos grupos expostos à luz azul mais tarde. Esses achados sugerem que reduzir a exposição à luz azul no período noturno pode ser uma estratégia importante para melhorar a qualidade do sono, otimizar o treinamento e a recuperação, e facilitar o aprendizado de habilidades motoras em jovens atletas. É fundamental que atletas e seus treinadores estejam cientes dos potenciais efeitos negativos da luz azul e adotem medidas para mitigar seus impactos, como o uso de filtros de luz azul em dispositivos eletrônicos e a criação de um ambiente propício ao sono antes de dormir.
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