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A privação de sono, um problema crescente na sociedade moderna, vai além do cansaço e da irritabilidade. Um estudo recente investigou como a falta de sono afeta a conectividade funcional de regiões cerebrais relacionadas ao olfato, revelando impactos surpreendentes na cognição, emoção e coordenação motora.

A pesquisa, conduzida com jovens adultos saudáveis, analisou os efeitos de 36 horas sem dormir. Os participantes foram submetidos a tarefas de vigilância psicomotora, escalas de sonolência e humor, e ressonância magnética funcional (fMRI) em repouso, antes e depois da privação de sono. Os resultados indicaram que a falta de sono não apenas aumentou o tempo de reação e a sonolência, mas também diminuiu a tensão e a autoestima dos participantes. Mais importante ainda, a conectividade funcional nas regiões cerebrais olfativas foi significativamente perturbada.

Observou-se uma diminuição na conectividade entre a amígdala e o cerebelo inferior e superior, o córtex pericalcarino e o giro lingual. Da mesma forma, o hipocampo apresentou conectividade reduzida com o giro lingual, o giro angular, o giro temporal médio e o cerebelo inferior. Essas alterações sugerem que a privação de sono pode comprometer a capacidade do cérebro de processar informações sensoriais, regular as emoções e coordenar os movimentos. A complexa relação entre a conectividade funcional dessas regiões e os níveis de vigilância, sonolência e humor dos participantes ressalta a importância do sono para a saúde cerebral e o bem-estar geral. Este estudo abre novas perspectivas sobre as consequências neurofisiológicas da privação de sono e sua influência na função cerebral relacionada ao olfato.

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