Imunomodulação Cutânea: Nova Esperança para Alergias e Doenças Autoimunes?
A pele, o maior órgão do corpo humano, desempenha um papel crucial na proteção contra agentes externos, na regulação da temperatura e no equilíbrio de eletrólitos. Além disso, participa ativamente na síntese de vitamina D e na imunidade. Pesquisas recentes têm focado na capacidade da pele de modular a resposta imunológica, abrindo novas perspectivas para o tratamento de diversas condições.
Um estudo promissor explora a imunização epicutânea (EC) em modelos murinos, demonstrando que a aplicação de antígenos na pele pode tanto suprimir quanto potencializar a resposta imune. A supressão ocorre quando o antígeno é aplicado isoladamente, enquanto a potencialização é observada quando o antígeno é combinado com padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs). Essa modulação abre caminhos para o desenvolvimento de terapias inovadoras para doenças autoimunes e alergias.
O modelo murino de dermatite de contato alérgica (DCA), mediada por células Th1, tem sido utilizado para investigar a supressão da resposta imune através da aplicação epicutânea de antígenos. Essa abordagem, que se mostra eficaz, pode ser adaptada para diversos outros modelos de distúrbios. A imunomodulação induzida pela via epicutânea surge como uma alternativa promissora para a imunoterapia sem agulhas, com potencial para tratar uma ampla gama de doenças, desde alergias até condições autoimunes, oferecendo uma abordagem menos invasiva e mais acessível para modular o sistema imunológico.
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