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Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam comportamentos alimentares específicos, como o consumo excessivo de açúcar, e dificuldades no processamento sensorial. Essas características podem dificultar a rotina de higiene bucal, como a escovação dos dentes, aumentando o risco de cáries e problemas gengivais. Por isso, o envolvimento dos cuidadores na manutenção da saúde bucal é fundamental.

Um estudo recente investigou o conhecimento, as atitudes e as práticas de cuidadores em relação aos cuidados bucais de crianças com TEA entre 5 e 12 anos. A pesquisa, realizada no México, envolveu 72 cuidadores e revelou um cenário preocupante. Apesar de a maioria dos cuidadores reconhecer o açúcar como um fator de risco para cáries e identificar o sangramento gengival como sinal de inflamação, uma parcela significativa relatou consumo frequente de açúcar por parte das crianças e supervisão inadequada da escovação. O uso do fio dental era ainda mais negligenciado.

A pesquisa também apontou que cuidadores com maior autoconfiança tendem a supervisionar ou realizar a escovação dos dentes com mais frequência. Além disso, o conhecimento correto sobre a frequência ideal de escovação estava associado à prática efetiva de escovação. Esses resultados destacam a importância de programas educativos direcionados aos cuidadores, com foco em fornecer informações claras e práticas sobre higiene bucal, além de fortalecer a autoconfiança para implementar essas práticas de forma eficaz. O estudo reforça a necessidade de um esforço conjunto entre profissionais de saúde e familiares para garantir a saúde bucal das crianças com TEA, minimizando os riscos e promovendo um sorriso saudável.

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