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O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica complexa que afeta a interação social e o comportamento. Pesquisadores têm explorado diversas abordagens para mitigar os sintomas do TEA, e um estudo recente investigou o potencial do treinamento físico, especificamente o exercício em esteira, como uma intervenção terapêutica promissora.

A pesquisa, realizada com modelos animais (camundongos), revelou que o treinamento em esteira pode exercer efeitos neuroprotetores em casos de TEA induzido por ácido valproico (VPA). O VPA é uma substância que, quando administrada durante a gestação, pode levar ao desenvolvimento de características autistas em roedores. Os resultados do estudo demonstraram que o exercício físico regular foi capaz de reverter alterações neurocomportamentais, bioquímicas e degenerativas cerebelares induzidas pelo VPA. Mais especificamente, o treinamento em esteira parece melhorar a atividade mitocondrial e ativar vias de sinalização importantes no cerebelo, como as vias AMPK/PPAR-gamma, que desempenham um papel crucial na função cerebral e na proteção neuronal.

Esses achados sugerem que o exercício de resistência pode ter propriedades anti-inflamatórias, anti-apoptóticas (prevenção da morte celular) e antioxidantes, contribuindo para a melhora dos sintomas associados ao TEA. A liberação de adipo-mioquinas (hormônios produzidos pelos músculos e tecido adiposo), o aumento da atividade mitocondrial e a ativação das vias AMPK/PPAR-γ parecem ser mecanismos importantes envolvidos nesses efeitos benéficos. Embora sejam necessários mais estudos para confirmar esses resultados em humanos, essa pesquisa abre novas perspectivas para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas em exercícios físicos para indivíduos com TEA, explorando a intrincada conexão entre músculo e cérebro.

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