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O uso de tratamentos naturais como alternativas ou complementos para transtornos neuropsiquiátricos em crianças tem crescido. Uma revisão sistemática recente analisou como os eventos adversos são monitorados, avaliados e relatados em ensaios pediátricos que testam tratamentos nutracêuticos e fitoterápicos. O objetivo é fornecer informações mais claras sobre os riscos potenciais associados a essas terapias.

A pesquisa, que examinou estudos publicados entre 2012 e 2024, incluiu 98 ensaios clínicos envolvendo crianças e adolescentes com idades entre 4 e 19 anos. Os pesquisadores observaram uma variabilidade significativa na forma como os eventos adversos eram monitorados e relatados. Embora a maioria dos ensaios (76%) indicasse algum tipo de monitoramento de eventos adversos, apenas uma porcentagem menor especificava quais eventos seriam monitorados a priori (43%), descrevia métodos de coleta e registro de eventos (68%) ou avaliava a gravidade e a atribuição dos eventos (49% e 26%, respectivamente).

Entre os tratamentos naturais mais comuns testados, destacam-se os ácidos graxos poli-insaturados. Os transtornos mais frequentemente abordados foram o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) e o transtorno do espectro autista (TEA). A revisão identificou mais de 100 eventos adversos diferentes relatados nos ensaios concluídos, sendo os problemas gastrointestinais (65%) e as dores de cabeça (33%) os mais prevalentes. Esses achados reforçam a importância de monitorar proativamente eventos adversos específicos em ensaios futuros para garantir a segurança e o bem-estar das crianças que utilizam esses tratamentos. É crucial que pais e profissionais de saúde estejam cientes dos potenciais efeitos colaterais e que a monitorização seja rigorosa e consistente.

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