A doença de Alzheimer, uma forma de demência, afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Estimativas globais apontam para a existência de 416 milhões de indivíduos em diferentes estágios da doença. No Brasil, a crescente prevalência do Alzheimer representa um desafio significativo para o sistema de saúde, especialmente nos serviços de emergência.
Um estudo recente publicado no Journal of Emergency Nursing destaca a importância da conscientização sobre o Alzheimer entre os profissionais de enfermagem que atuam em emergências. A pesquisa aponta que cerca de 22% das pessoas com 50 anos ou mais sofrem de Alzheimer, e muitas famílias cuidam de seus entes queridos em casa, enfrentando dificuldades com a progressão da doença. Em situações de agitação ou crises, o paciente com Alzheimer pode ser levado ao pronto-socorro, onde a equipe precisa estar preparada para oferecer o atendimento adequado.
O estudo de caso apresentado no artigo relata a experiência de uma enfermeira que cuidava de sua mãe com Alzheimer avançado em casa. Devido à agitação incontrolável da paciente, foram necessárias múltiplas visitas ao departamento de emergência. A pesquisa identificou uma lacuna no conhecimento dos enfermeiros de emergência sobre os recursos disponíveis para auxiliar familiares no cuidado domiciliar de pacientes com Alzheimer. O artigo enfatiza a importância de fornecer ferramentas e informações para capacitar esses profissionais a lidar com a agitação e oferecer suporte às famílias, incluindo opções de cuidados paliativos e serviços de hospice, visando garantir a dignidade do paciente no final da vida. A conscientização e o preparo dos profissionais de saúde são cruciais para oferecer o melhor atendimento possível a pacientes com Alzheimer e seus familiares.
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