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Panencefalite Esclerosante Subaguda: Um Alerta Pós-Epidemia de Sarampo

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A Panencefalite Esclerosante Subaguda (PESA) é uma complicação rara, porém devastadora, da infecção crônica pelo vírus do sarampo. Embora incomum, o recente ressurgimento da doença, especialmente após surtos de sarampo, levanta preocupações significativas, principalmente em relação à saúde infantil. Um estudo recente investigou as características clínicas, os achados laboratoriais e o prognóstico da PESA em um grupo de 15 pacientes.

Os sintomas iniciais observados nesses pacientes incluíram distúrbios da marcha, regressão psicomotora e alterações comportamentais. Exames neurológicos revelaram declínio cognitivo, comprometimento visual, hipotonia (diminuição do tônus muscular), sinais piramidais (indicativos de problemas no sistema nervoso central), ataxia (falta de coordenação) e distúrbios do movimento. Os eletroencefalogramas (EEGs) mostraram complexos periódicos de ondas delta, um padrão característico da PESA. Exames de imagem cerebral revelaram lesões na substância branca subcortical e periventricular, envolvimento do tronco encefálico e atrofia cortical-subcortical progressiva ao longo do tempo.

Um achado consistente em todos os pacientes foi a presença de imunoglobulinas G (IgG) anti-sarampo no líquido cefalorraquidiano (LCR) e no sangue. Apesar das tentativas de tratamento, a condição dos pacientes se deteriorou rapidamente, levando a um estado de mutismo acinético (incapacidade de se mover ou falar) e sintomas neurovegetativos. Este estudo serve como um alerta para médicos e radiologistas, enfatizando a importância de considerar a PESA em crianças que apresentam declínio cognitivo subagudo, mioclonia (contrações musculares involuntárias) e epilepsia com complexos periódicos, especialmente se associados a alterações específicas na substância branca cerebral. A vigilância é crucial, principalmente em períodos pós-epidêmicos de sarampo, para garantir o diagnóstico precoce e o manejo adequado desta condição grave.

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