Laços Maternos Persistem: Preferência Resiliente em Filhotes de Camundongos Após o Desmame
O vínculo entre mães e filhotes é um dos laços sociais mais fundamentais para muitos mamíferos, proporcionando benefícios essenciais para o desenvolvimento e a sobrevivência da prole. Um estudo recente investigou se essa forte ligação persiste mesmo após o desmame, quando os jovens camundongos começam a ganhar independência.
A pesquisa, publicada na revista Brain, Behavior, & Immunity – Health, examinou a capacidade de camundongos jovens (26 dias após o nascimento) de reconhecer e preferir suas mães após o período de amamentação. Os cientistas também investigaram a resiliência desse vínculo social ao expor os filhotes a um ativador imunológico agudo. Para isso, alguns camundongos foram injetados com lipopolissacarídeo (LPS), uma endotoxina que simula uma infecção bacteriana, enquanto outros receberam uma solução salina como controle.
Os resultados revelaram que os camundongos juvenis demonstraram uma forte preferência por suas mães, significativamente maior do que a preferência por outros estímulos sociais, como irmãos ou camundongos desconhecidos, e também superior à preferência por objetos. Curiosamente, embora a exposição ao LPS tenha diminuído o tempo que os camundongos passaram investigando todos os estímulos, a preferência materna permaneceu inalterada. Esse efeito foi particularmente evidente nas fêmeas, enquanto nos machos começaram a surgir pequenas mudanças em direção à exploração de novos estímulos. Esses achados sugerem que o vínculo materno em camundongos é robusto e resistente, mesmo diante de desafios imunológicos precoces. A pesquisa destaca a importância duradoura do laço mãe-filhote para o bem-estar dos jovens animais e contribui para uma melhor compreensão do desenvolvimento social e emocional.
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