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A comunicação entre pessoas autistas e não autistas frequentemente enfrenta desafios, com pesquisas tradicionais focando em supostos ‘déficits’ nas habilidades comunicativas de indivíduos autistas. No entanto, uma nova perspectiva, alinhada ao paradigma da neurodiversidade, busca entender como parceiros de comunicação não autistas podem facilitar ou dificultar a expressão e o compartilhamento de ideias por parte de pessoas autistas.

Um estudo recente investigou as interações comunicativas entre indivíduos autistas e seus parceiros não autistas ao longo de vários meses. Através de entrevistas, observações e registros reflexivos, os pesquisadores identificaram padrões que promoviam ou bloqueavam a comunicação eficaz. Os resultados revelaram que a forma como os parceiros não autistas se engajam, respondem e fornecem estímulos tem um impacto significativo na capacidade de pessoas autistas de contribuir para as conversas.

A pesquisa destacou a importância de identificar e promover comportamentos que favoreçam a comunicação. Interrupções, sugestões excessivas e perguntas inadequadas demonstraram ser obstáculos à expressão de ideias por parte de pessoas autistas. Em contrapartida, estratégias que otimizam o engajamento, respondem ao desinteresse, constroem um entendimento compartilhado e oferecem estímulos no momento certo podem facilitar a participação e a contribuição em conversas. Esses achados sugerem a necessidade de reformular o treinamento em comunicação para o autismo, com foco no desenvolvimento da expertise interacional, especialmente para profissionais que trabalham diretamente com pessoas autistas.

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