Qigong e Fragilidade em Idosos com Câncer: Uma Análise Detalhada
A fragilidade é um fator preditivo de recorrência e mortalidade aumentadas em pacientes idosos que sobreviveram ao câncer. O Qigong, uma prática tradicional chinesa que combina movimento, meditação e regulação da respiração, tem sido associado a melhorias no bem-estar físico e mental, além de reduzir a inflamação, todos intimamente ligados à fragilidade nessa população específica.
Um estudo recente investigou o efeito do Qigong na fragilidade de idosos sobreviventes de câncer. O estudo, um ensaio clínico randomizado e multicêntrico, envolveu pacientes com 65 anos ou mais, que foram identificados como pré-frágeis ou frágeis com base no fenótipo de fragilidade de Fried. Os participantes foram aleatoriamente designados para um grupo de intervenção que praticou Qigong Baduanjin por 16 semanas ou para um grupo de controle ativo que realizou exercícios leves de flexibilidade pelo mesmo período. O principal objetivo era avaliar a reversão do estado de fragilidade, enquanto os objetivos secundários incluíam a gravidade da fragilidade física, a gravidade da fragilidade multidimensional, o desempenho físico, o bem-estar psicológico e a qualidade de vida.
Os resultados mostraram que, embora ambos os grupos tenham apresentado melhorias significativas na gravidade da fragilidade física, no desempenho físico, no bem-estar psicológico e na qualidade de vida, a prática de Qigong não se mostrou superior ao grupo de controle ativo na reversão da fragilidade. Especificamente, a diferença nas taxas de reversão da fragilidade entre o grupo Qigong (28,7%) e o grupo de exercícios de flexibilidade leve (22,5%) não foi estatisticamente significativa. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de incluir cuidados de rotina como grupo de controle em estudos futuros e investigar os mecanismos subjacentes que impulsionam as mudanças na fragilidade. Embora o Qigong possa oferecer benefícios para a saúde, este estudo sugere que ele não é mais eficaz do que exercícios leves de flexibilidade para melhorar a fragilidade em idosos sobreviventes de câncer. Pesquisas adicionais são necessárias para explorar abordagens mais eficazes para combater a fragilidade nesta população vulnerável.
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